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Preto Zezé, presidente da CUFA, e Marina Fernie, VP de marketing da Danone, abordam como a iniciativa privada pode atuar para ajudar a diminuir o abismo de desigualdade na sociedade brasileira
Bárbara Sacchitiello
7 de outubro de 2021 - 22h13
“O Brasil é um aglomerado de desigualdades cercado de racismo e mágoa por todo lado”. A frase dita por Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (CUFA) no palco do Maximidia expõe a aspereza da realidade de boa parte da sociedade brasileira, agravado ainda mais após a pandemia de Covid-19, que deixou milhões de pessoas sem saúde e sem emprego. Para as marcas, atuar para tentar amenizar essa situação, com ações sólidas e comprometimento, vai além da estratégia de negócios e passa a ter um caráter social e de colaboração para a evolução do País.
A trilha Marcas e Sociedade, moderada pela colunista de Meio & Mensagem, Regina Augusto, trouxe para o centro do debate nesta quinta-feira, 7, uma discussão sobre como a sigla ESG foi incorporada no cotidiano das pessoas e quais ações, de fato, ela vem conseguindo gerar. Marina Fernie, vice-presidente de marketing da Danone, acredita que foi positivo o fato das áreas financeiras das corporações terem adotado a sigla porque eles ajudaram a organizar os indicados e estabelecer metas e compromissos. Embora tenha lembrado que a Danone já falada da importância de unir o progresso da companhia à evolução econômica e ambiental, a executiva garante que é urgente continuar agindo essa área. “As agendas precisam ser aceleradas. Não existe plano B para o planeta. As empresas precisam agir com mais rapidez e ser transparentes naquilo que fazem. Depois da pandemia, sobretudo, as pessoas passaram a ter uma visão mais empática e mais preocupada com o mundo e questionam se as empresas com que elas se relacionam são diversas e inclusivas”, pontua Marina.
Do ponto de vista das comunidades e favelas, a pandemia acabou servindo para que muitas pessoas e empresas abrissem os olhos para o imenso grupo da população brasileira que reside nesses locais, enxergando tanto suas urgências sociais como também seu potencial de consumo. “Muita gente acabou conhecendo a CUFA nesse período, mas a gente atua nas favelas há anos. Esse espaço é visto sempre com um olhar de misericórdia ou de coitadismo, mas apesar da realidade ser muito difícil, existe um poder de consumo de R$ 120 bilhões. Falamos de gente que compra computador, carro. As empresas terão de refazer o ‘corporativês’ para falar o ‘favelês’”, exemplificou.
Como exemplo de ações sociais encampadas pela CUFA, Preto Zezé citou uma mobilização feita durante a pandemia que distribuiu um milhão de chips de celulares para mães em situação de vulnerabilidade. O acesso à conexão, segundo ele, fez com que muitas dessas mulheres conseguissem empreender e movimentar os negócios locais. Do lado da Danone, Marina citou como exemplo os projetos da marca para capacitar os pequenos produtores de leite, que correspondem a 70% das fontes da matéria-prima principal utilizada pela empresa. “Nas favelas e comunidades também trabalhamos com as mulheres em situação de vulnerabilidade social, enviando produtos para que elas possam vender, de porta a porta, em esquema de consignação”, comentou a diretora. Ela também citou uma ação recente feita pela marca Danoninho em que cada foto postada do produto pelos consumidores no Instagram gerava uma cesta básica para a CUFA.
Por fim, Preto Zezé reforçou que as situações de desigualdade agravadas pela pandemia ainda estão longe de serem superadas e que o País ainda terá um novo ano com muitas dificuldades, que dependerão de ações em conjunto da iniciativa pública e privada. “É preciso uma mobilização cidadã, que paute a política e que não fique só em reclamações na internet. Temos, a curto prazo, a tarefa fundamental de não reduzir as campanhas de ajuda. Não podemos mais continuar assim.
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